sábado, agosto 25, 2007

Poesia às Crocheteiras

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CROCHETANDO
Jorge Linhaça
São olhos cansados
desgastados pelo tempo
olhos tão concentrados
mãos buscando alimento

Artesã dos pontos miúdos
no seu diuturna afã
a crochetear pontos mudos
em busca do amanhã

O Silêncio, seu companheiro
nada diz, nada pergunta,
em busca do pouco dinheiro
prossegue ela em sua luta.

Nas lojas seu lindo trabalho
é vendido por um bom preço
mas a ela só sobram as migalhas
e o meu condoído apreço.

* Minha singela homenagem às
milhares de artesãs anônimas que criam
magníficas obras sem que muitas vezes
tenham o seu valor reconhecido, recebendo
preços irrisórios pelos seus trabalhos.
E meu agradecimento a Val Almeida,
que me mandou lá no grupo
Amo Crochê em Barbante

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